domingo, 22 de fevereiro de 2009

Condição de indigente


De vem em quando eu preciso bater na porta das pessoas que me amam e dizer: “Me ajuda a chegar até Deus? Porque está difícil sozinho.” A possibilidade de estar com vocês aqui, é um soro que entra na minha veia.
O ódio nos rouba, o amor nos devolve. Quando você não tem muitos motivos para se alegrar, e tem que lidar com suas fragilidades e não sabe o que fazer com elas, você não procura seus companheiros de copo, ou de fofoca. Você vai querer bater na porta de alguém que verdadeiramente vai saber olhar para suas indigências do jeito que elas merecem ser olhadas.Quantas vezes você se estragou porque não foi capaz de se perdoar? Não foi capaz de usar de misericórdia consigo mesmo? Não reconheceu que estava indigente, ou que na corrida chegou em último lugar.
Como é duro ser o último. Agora, quando estamos no pódio é fácil achar quem nos ama. Alguma coisa dentro de nós pede para que o fracasso do outro seja ridicularizado.

Nós não sabemos lidar com o fracasso dos outros. O mais desconcertante disso tudo é que Jesus ficava de olho em quem chegava por último, e deles fazia seguidores.O presente é para todos. Só basta querer receber. Nisso está a dimensão humana da salvação: eu quero, aceito, me disponho, e recebo aquilo que Deus quer me ofertar. Eu quero essa participação direta nesse presente que Deus me oferece.
Por isso, não olhe para trás. Não preste atenção no que não deu certo. Não ponha seu empenho no que você não tem. Deus só pode trabalhar naquele que se reconhece indigente.Qual é pior doente? É aquele que não quer ser tratado.
Aqui esta origem de toda enfermidade: o pecado que não recebe cura. Como tratamos o corpo, precisamos tratar o espírito, a alma.


Trechos retirados da paletra de Pe. Fábio de Melo

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